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SeloVerde MG é reconhecido pelo Banco do Nordeste como referência para concessão de crédito rural

Plataforma ambiental a a ser critério na liberação de financiamentos para produtores em Minas Gerais


Publicado em: 22/05/2025 às 11:30hs

SeloVerde MG é reconhecido pelo Banco do Nordeste como referência para concessão de crédito rural

A plataforma SeloVerde MG, criada para atestar a conformidade ambiental das principais cadeias produtivas de Minas Gerais, acaba de ser oficialmente reconhecida pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB) como ferramenta válida para a liberação de crédito rural. Esta é a primeira vez que uma instituição financeira no país adota os dados do sistema como referência para a concessão de empréstimos.

Reconhecimento inédito pelo setor bancário

O reconhecimento do BNB ao SeloVerde MG marca um avanço no incentivo à regularidade ambiental no campo. A partir de agora, dados gerados pela plataforma poderão ser utilizados na documentação para a contratação de crédito rural, contribuindo para a agilização do processo e facilitando o o ao financiamento, especialmente para pequenos e médios produtores rurais.

Segundo o gerente executivo estadual de Agricultura Familiar e Agronegócio do BNB, Evacir de Oliveira Júnior, a conformidade socioambiental comprovada pelo SeloVerde MG atende às exigências da instituição. “Os dados são validados por órgãos públicos, gratuitos e confiáveis, o que acelera toda a tramitação”, afirmou.

Crédito com juros a partir de 6,5%

O BNB disponibiliza R$ 1,5 bilhão do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para linhas de crédito rural destinadas à agricultura familiar e a pequenos e médios produtores. As taxas de juros partem de 6,5%, e o banco atua em 249 municípios mineiros da área de abrangência da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

Mais de 1 milhão de propriedades analisadas

A plataforma SeloVerde MG reúne informações de mais de 1 milhão de propriedades rurais georreferenciadas em todo o estado, a partir do Cadastro Ambiental Rural (CAR). As análises abrangem culturas como café, soja, pecuária bovina, cana-de-açúcar e eucalipto, com foco na rastreabilidade, regularidade ambiental e critérios socioambientais exigidos tanto para exportação quanto para o a crédito.

Ferramenta estratégica para o produtor rural

Para o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Thales Fernandes, o SeloVerde MG representa uma oportunidade estratégica para quem busca financiamento. “A exigência por conformidade socioambiental cresce cada vez mais. Essa ferramenta ajuda produtores, cooperativas e empresas a comprovar o cumprimento da legislação e a obter recursos com mais facilidade, promovendo o crescimento sustentável do agronegócio mineiro”, destacou.

Tecnologia e inovação a serviço da sustentabilidade

A plataforma foi desenvolvida por meio de uma parceria entre a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o Instituto Estadual de Florestas (IEF) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com apoio do programa AL-INVEST Verde, da União Europeia.

Sua base é composta por análises geoespaciais em larga escala, utilizando inteligência artificial e processamento de grandes volumes de dados para avaliar a situação ambiental de cada propriedade rural registrada no CAR.

Resultados já comprovados

O uso da plataforma já apresenta resultados relevantes. No setor cafeeiro, por exemplo, 99% das propriedades de Minas Gerais não apresentam registros de desmatamento. Já na pecuária bovina, 97,5% das áreas também estão em conformidade ambiental.

Como funciona a análise

As avaliações são feitas de forma automatizada, com base em imagens de satélite de alta resolução e informações públicas. O resultado é um diagnóstico ambiental individual para cada imóvel rural, disponível gratuitamente na plataforma. O sistema permite ainda que os dados sejam comparados visualmente, garantindo transparência e precisão.

Com essa integração entre tecnologia, sustentabilidade e crédito, o SeloVerde MG se consolida como ferramenta fundamental para o avanço de uma produção rural mais responsável e para a inclusão dos produtores no sistema financeiro de forma desburocratizada.

Fonte: Portal do Agronegócio

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