Publicado em: 21/05/2025 às 19:20hs
O mercado de celulose começa a mostrar sinais de estabilização após um início de ano marcado pela incerteza gerada pelas tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos. Segundo a Suzano, uma das maiores produtoras globais de celulose de eucalipto, os consumidores estão voltando à mesa de negociações com os fornecedores.
“No curtíssimo prazo, as coisas ainda estão um pouco incertas, estamos em momento de descoberta de preço, mas desde a semana ada temos recebido uma demanda frequente de clientes buscando entender esse novo patamar”, afirmou o vice-presidente financeiro da empresa, Marcos Assumpção, durante encontro com jornalistas nesta quarta-feira (20).
Assumpção destacou que, após a recente trégua comercial entre os Estados Unidos e a China, o ambiente macroeconômico vem se acalmando de forma rápida. O acordo, com validade de 90 dias, surpreendeu o mercado ao reduzir as tarifas de importação entre os dois países — os EUA cortaram suas sobretaxas de 145% para 30%, enquanto Pequim reduziu suas tarifas de 125% para 10%.
“O ambiente macro está se acalmando rapidamente desde semana ada depois que as tarifas vieram para um patamar um pouco mais baixo”, reforçou o executivo durante a apresentação dos resultados financeiros da companhia.
A Suzano segue confiante na estabilidade do cenário internacional, especialmente em relação à China, maior mercado consumidor de celulose do mundo. Assumpção afirmou que a empresa não tem percebido uma desaceleração econômica no país asiático e mantém a expectativa de crescimento entre 4% e 5% para 2025.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de um aumento na volatilidade do mercado diante da corrida de importadores para aproveitar o período de tarifas mais baixas, o vice-presidente financeiro da Suzano afirmou que não há, até o momento, sinais de insegurança por parte dos compradores.
“A maior parte dos agentes de mercado parece acreditar que chegamos em um ponto de equilíbrio”, comentou Assumpção, indicando uma percepção mais positiva do setor frente ao cenário global.
Fonte: Portal do Agronegócio
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