Avicultura

Santa Catarina adota medidas rigorosas de biossegurança após foco de Influenza Aviária no Rio Grande do Sul

SC reforça alerta após primeiro caso da doença em granja comercial no Brasil


Publicado em: 20/05/2025 às 10:55hs

Santa Catarina adota medidas rigorosas de biossegurança após foco de Influenza Aviária no Rio Grande do Sul

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) reforçou a importância do Comunicado Técnico emitido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), após a confirmação, no dia 15 de maio de 2025, do primeiro caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial no Brasil. O foco foi registrado em Montenegro, no Rio Grande do Sul, e confirmado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Doença não oferece riscos ao consumo de carne e ovos

O comunicado da CNA destaca que não há risco para o consumo de carne de frango ou ovos, conforme o Mapa. A Influenza Aviária não é transmitida por ingestão desses alimentos. O risco de infecção em humanos é considerado baixo e está , em sua maioria, a profissionais que têm contato direto com aves vivas ou mortas infectadas.

Ações imediatas e notificação internacional

Todas as medidas de contenção e erradicação do foco foram acionadas pelas autoridades competentes. O governo brasileiro comunicou oficialmente o ocorrido à cadeia produtiva, à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), aos ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, além dos parceiros comerciais internacionais.

Brasil conta com sistema robusto de defesa sanitária

Segundo o comunicado da CNA, o país possui um sistema nacional de vigilância e contingência contra a Influenza Aviária, que inclui monitoramento ativo e ivo. Desde 2022, mais de 4 mil investigações foram conduzidas pelo Mapa em casos suspeitos.

Faesc destaca papel de SC na sanidade animal

O presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, reforçou que Santa Catarina é referência em sanidade animal e está entre os maiores exportadores de carne de frango do país. Ele enfatizou que “a atenção rigorosa à prevenção é imprescindível neste momento” e pediu o engajamento de produtores, técnicos e órgãos de fiscalização no reforço das medidas de biosseguridade.

Pedrozo acrescentou que as ações adotadas são fundamentais para conter a propagação da doença e evitar consequências para outras regiões do país.

Medidas anunciadas pelo governo de Santa Catarina

Diante do foco confirmado no estado vizinho, a Secretaria da Agricultura e Pecuária (SAR) e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) publicaram a Nota Técnica n.º 001/2025, com diretrizes sanitárias para proteger a produção local e garantir a confiança dos países importadores.

Orientações aos veterinários e produtores

Veterinários da Cidasc foram instruídos a intensificar a vigilância e a investigação de casos suspeitos de Síndrome Respiratória e Nervosa (SRN) em aves, quadro no qual a IAAP se enquadra. A fiscalização e certificações de rotina em plantéis comerciais e de subsistência também aram a contar com reforço nas orientações sobre biosseguridade.

Atenção redobrada e possíveis novas medidas

A SAR e a Cidasc alertam que o momento exige atenção máxima. Dada a importância econômica e social da avicultura para Santa Catarina, as medidas são consideradas essenciais. A depender da evolução do cenário epidemiológico, novas ações poderão ser implementadas.

Recomendações para produtores
  • Reforço da biosseguridade: impedir visitas de pessoas externas ao sistema de produção.
  • Aves com sinais clínicos não devem ser manipuladas.
  • Sinais de alerta incluem: dificuldades respiratórias, secreção ocular, andar cambaleante, torcicolo, movimentos giratórios ou mortalidade súbita e elevada.
  • Comunicação imediata é fundamental. Casos suspeitos devem ser notificados pelo sistema e-Sisbravet, nos links bit.ly/notificarcidasc ou bit.ly/SISBRAVET, ou diretamente nos escritórios da Cidasc.

A vigilância e o cumprimento das orientações sanitárias são essenciais para proteger a produção catarinense e evitar impactos na avicultura nacional.

Fonte: Portal do Agronegócio

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