Publicado em: 21/05/2025 às 11:55hs
Criadores do Rio Grande do Sul enfrentam o desafio de aprimorar seus rebanhos para obter terminação precoce, padronização das carcaças e preços que reflitam o investimento em tempo e tecnologia. O mercado exige produtos de alta qualidade, e a solução está “da porteira para dentro”, com foco em práticas que valorizem a carne produzida localmente.
Armindo Barth Neto, gerente técnico do Serviço de Inteligência em Agronegócios (SIA), destaca que a prioridade é encontrar soluções práticas para os produtores, em vez de buscar culpados. Segundo ele, é essencial dar ao produtor ferramentas e caminhos que possibilitem entregar um produto com padrão e conquistar mercados exigentes. “Como mudar o jogo dentro das fazendas, deixando de lado a discussão sobre quem deveria pagar mais?”, questiona Barth Neto.
Com 15 anos de experiência, Barth Neto aponta que independentemente da região, o sucesso na produção de carne depende da aplicação integrada de sete pilares:
Ele ressalta que não basta apenas manejar pastagens ou melhorar o melhoramento genético; o conjunto desses pilares, quando aplicado corretamente, possibilita produzir animais precoces, com alto rendimento e qualidade da carne, resultando em carcaças pesadas e bem acabadas. Isso permite ao produtor escolher mercados diferenciados e oferece à indústria mais opções para ar nichos variados.
Barth Neto também chama atenção para os altos custos de produção e a concorrência da carne commodity do centro do país, que chegam ao Rio Grande do Sul pressionando os preços locais. Para ele, o caminho ideal é superar a situação atual de “perde-perde” e avançar para um modelo de “ganha-ganha”, beneficiando tanto produtores quanto frigoríficos.
O consultor da SIA reforça que o aprimoramento dos rebanhos, com foco nos sete pilares da lavoura de carne, é o caminho para fortalecer a cadeia produtiva gaúcha, elevar a qualidade da carne e conquistar melhores preços no mercado nacional e internacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
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