Publicado em: 15/05/2025 às 10:18hs
O dólar opera em queda nesta quinta-feira, cotado a R$ 5,61, com o mercado atento à divulgação dos dados de vendas no varejo brasileiro em março e à queda dos preços do petróleo no mercado internacional. Além disso, investidores aguardam o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), que deve indicar possíveis rumos da política monetária dos Estados Unidos.
Na quarta-feira, a moeda norte-americana encerrou em alta de 0,42%, cotada a R$ 5,6324, após ajustes de mercado depois de atingir o menor patamar desde outubro do ano ado. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira (B3), recuou 0,39%, fechando aos 138.423 pontos, após ter registrado recorde histórico na terça-feira (138 mil pontos pela primeira vez).
Um dos principais impulsionadores dos mercados globais nesta semana foi a trégua tarifária entre China e Estados Unidos. As duas potências concordaram em reduzir significativamente as taxas sobre produtos importados durante 90 dias, o que aliviou tensões comerciais e influenciou positivamente os ativos financeiros.
No Brasil, o IBGE divulgou que o volume de vendas do comércio varejista cresceu 0,8% em março na comparação com fevereiro, considerando ajuste sazonal. Em relação a março de 2024 (sem ajuste), houve queda de 1%. O acumulado do ano registrou crescimento de 1,2%, e nos últimos 12 meses, alta de 3,1%.
No cenário internacional, o mercado também reage à possível aproximação de um acordo nuclear entre EUA e Irã, que pode aliviar sanções e aumentar a oferta global de petróleo, pressionando os preços para baixo.
Nos Estados Unidos, o foco está nos dados do índice de preços ao produtor de abril e nos pedidos semanais de auxílio-desemprego. Além disso, o mercado aguarda com atenção o discurso de Jerome Powell, que poderá fornecer novas diretrizes sobre a política monetária americana.
Na terça-feira, o dólar sofreu grande queda após o anúncio da trégua comercial entre China e EUA, que reduziu o risco de aumento das tarifas sobre produtos importados. Essas tarifas, se mantidas, poderiam pressionar a inflação e desacelerar a economia global.
Quando o então presidente Donald Trump anunciou as primeiras tarifas recíprocas em abril, os mercados americanos enfrentaram as maiores quedas desde 2020, ano marcado pela pandemia de Covid-19.
No entanto, analistas alertam para cautela. Embora a trégua reduza as tensões, muitas tarifas ainda permanecem em vigor. Mark Williams, economista-chefe para a Ásia da Capital Economics, destaca que "esta é uma redução substancial da tensão, mas não há garantia de que a trégua de 90 dias resulte em um cessar-fogo duradouro".
*Com informações da agência de notícias Reuters.
Fonte: Portal do Agronegócio
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