Publicado em: 21/05/2025 às 10:40hs
Os contratos futuros do café operaram com volatilidade nas bolsas internacionais na manhã desta quarta-feira (21), refletindo as novas estimativas para a safra brasileira de 2025. As projeções mais elevadas para o café robusta pressionaram as cotações em Londres, enquanto o arábica registrava ganhos moderados em Nova York.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou novas estimativas para a safra brasileira de café:
O USDA também projeta que a produção do Vietnã, segundo maior produtor mundial, alcance 31 milhões de sacas nesta temporada.
Apesar das projeções otimistas para a safra brasileira, o Escritório Carvalhaes sinaliza que o mercado segue com oferta apertada:
“Nossos estoques de agem ao final de junho serão historicamente baixos. Mesmo com maior produção, a safra 2025/26 deve ter tamanho semelhante à atual. O equilíbrio precário entre produção e consumo global continuará”, afirma boletim da consultoria.
Segundo a Hedgepoint, o Brasil tem papel central no mercado global de café, respondendo por cerca de 40% do comércio internacional da commodity. Com os estoques nos países consumidores em níveis baixos e a demanda aquecida, a colheita brasileira se torna ainda mais estratégica.
A analista de café da corretora, Laleska Moda, destacou que os produtores brasileiros estão capitalizados e, por isso, podem adiar o ritmo da colheita para permitir maior maturação dos grãos.
“Alguns agricultores podem optar por esperar um pouco mais antes de acelerar a colheita, já que estão bem capitalizados”, disse.
A colheita no Brasil avança de forma lenta:
Total colhido até o momento: 7% da safra, abaixo da média histórica de 10% para esta época do ano.
Café arábica (Bolsa de Nova York):
Café robusta (Bolsa de Londres):
O mercado segue atento às condições climáticas e ao andamento da colheita no Brasil, fatores que devem continuar influenciando a volatilidade dos preços nas próximas semanas.
Fonte: Portal do Agronegócio
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